sexta-feira, 25 de julho de 2014

NOTICIAS DE OUTRAS MIDIAS

A Associação Umbandista Mãe Dinair , foi objeto de noticia em outras mídias, a saber blog da UFRA, notadamente sobre sua atuação voltada para a inclusão social (digital), a matéria midiática em questão dispensa maiores comentários, infelizmente não conseguimos reproduzir com as fotos, leiam abaixo:

PROJETO DE INCLUSÃO DIGITAL CHEGA AO ASSENTAMENTO ABRIL 
VERMELHO E À VILA DO PRATA
Conhecer a história, os saberes e a memória tendo como suporte a tecnologia através da inclusão digital. É com esse objetivo que foi elaborado o programa “A conexão entre saberes tradicionais e o acesso as Tecnologias da Informação e Comunicação” que chega ao Assentamento de Reforma Agrária Abril Vermelho, em Santa Bárbara e aos moradores da Vila de Santo Antônio do Prata, no município de Igarapé-Açú. 
As atividades fazem parte do programa UFRA na Reforma Agrária, da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Através de oficinas, entrevistas, cursos e elaboração de material digital o programa busca incentivar jovens a entender e participar ativamente de sua história. “Devido a precariedade e a inexistência ao acesso a esse tipo de serviço em um assentamento de Reforma Agrária no Brasil e em se tratando de Amazônia essa lacuna se apresenta de forma mais dramática. A finalidade do programa é trabalhar com jovens e adolescentes do Assentamento e da Vila instituindo o protagonismo juvenil por meio da expressão de suas diferentes maneiras de ver a sua realidade aprofundando este conhecimento, e assim alcançar a emancipação e empoderamento na história de vida”, diz a coordenadora do programa, professora Ana Lídia Nascimento. Todos os cursos tem uma carga horária de 20h, com uma metodologia dinâmica e participativa. 
programa começou desde fevereiro de 2014 e é coordenado pela professora Ana Lídia Nascimento (ISARH/UFRA) com a participação dos professores Ruth Almeida e Leandro Meyer. O projeto também tem o apoio de bolsistas do curso de Licenciatura em Computação, Engenharia Florestal, de Engenharia Ambiental e de Agronomia. 
Na Vila do Prata, em Igarapé Açu, onde antes funcionava uma colônia de recolhimento de pessoas com hanseníase, o objetivo é realizar um resgate histórico desse período, ainda muito vivo na memória dos moradores. “Este lugar é para onde foram levados os doentes de hanseníase, que eram segregados e ainda hoje possuem uma carga muita grande de preconceito com essas pessoas. E os adolescentes e jovens desta Vila nem conhecem esta história de sofrimento e segregação. Com o programa eles estão entrevistando as pessoas mais antigas da Vila, os primeiros doentes que foram separados da família e levados para esta Colônia”, diz a professora Ana Lídia Nascimento. 
Segundo ela, é necessário que os mais jovens conheçam, entendam e continuem construindo esta história. Por isso o projeto também incentiva a elaboração de vídeos, blogs e entrevistas, para registrar e recontar e história. As atividades da Vila ocorrem na sede da Associação Umbandista Mãe Dinair, que é uma das parceiras no processo, e já realiza há 16 anos um trabalho social com a comunidade, e onde já existe um laboratório de informática que dê suporte às atividades. No local, o projeto atua como complemento escolar.
Já no assentamento Abril Vermelho, no município de Santa Bárbara, o projeto está em fase de pesquisa e entrevista entre os moradores, trabalho realizado pelos alunos e professores de escolas regulares do município. O laboratório está em fase de construção dentro do assentamento, por isso as atividades vão ocorrer também nas escolas regulares. 
Além de jovens e adolescentes que estão estudando seja nas escolas do município ou em outros municípios próximos, o programa também inclui a participação de professores. “Os professores que participarão das ações do programa são aqueles que trabalham com os alunos do assentamento, uma vez que a finalidade é identificar o grau de preconceito que existe na escola regular quanto a este aluno, além de trabalhar para reverter este tipo de preconceito, caso ele exista”, diz a professora. A partir de agosto o grupo inicia as oficinas e cursos, que trazem como tema assuntos que podem auxiliar no do dia a dia dos alunos e professores, como uma percepção melhor sobre o que é um Assentamento de Reforma Agrária, como fazer Informática Educativa, Saberes Tradicionais, o uso Plantas Medicinais etc.
Os Laboratórios vão receber cada um 08 computadores, com mesas, cadeiras, central de ar, e também deverá ter acesso a internet. “O objetivo é construir material de divulgação e de mídia que possam divulgar e disseminar os conhecimentos que estas comunidades possuem possibilitando um protagonismo social a elas, fazendo com que saiam de uma posição de submissão e resignação para uma condição de autonomia social”, conclui a professora. 
Com o programa a expectativa é alcançar em torno de 400 pessoas, entre alunos professores e a comunidade em geral, que poderá participar de todas as atividades, mesmo que o público alvo sejam os adolescentes que estão em fase escolar. “Os jovens precisam apenas ser motivados para conhecer também a tradição, eles querem fazer isso, mas é necessário provocar, e este é o objetivo do programa, oportunizar a eles que conheçam a sua história tanto do Assentamento quanto da Vila de Santo Antônio do Prata adotando as tecnologias da informação, ou seja aproveitar o que temos de mais avançado, inovador, produção de conhecimento rápido para demonstrar a tradição, a história, as produções sociais e culturais destas comunidades”, conclui.
Texto: Vanessa Monteiro, 
Com colaboração de Luciana Filpo (ASCOM UFRA)

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